Meu Irmãozinho

Camila Schiavon Tigrinho

10 de fevereiro de 2005

Estava na casa da minha avó, mas não sabia o que tinha levado meus pais a me deixarem lá. Minha avó estava muito ansiosa e eu não sabia qual era o motivo de tanta animação.

Dois dias se passaram e eu não aguentava tanto tédio. Estava cansada de arrancar flores do quintal ou de brincar com o cachorro Tedy. Recebemos uma ligação que fez minha me colocar  dentro do carro e me levar a algum lugar.

Chegamos ao hospital. Não suspeitava de nada que nos levasse até ali. Abrimos a porta de um quarto e lá estavam minha mãe, meu pai e  um lindo bebê. Aquele era... meu irmão!

                               

Como era fofo! E ele também havia deixado presentes! Deu-me uma linda boneca e me deixou uma carta. A carta falava sobre compartilhar meus brinquedos, meu quarto, cuidar dele e protegê-lo.

Percebi que não seria assim tão fácil. O mais difícil era “compartilhar” mamãe e papai, que agora não me davam mais tanta atenção.

Pelo menos agora tenho com quem brincar, conversar. Apesar das brigas, que nos mantêm longe um do outro por vários dias.

Somos, além de irmãos, ótimos amigos.